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A prevenção menosprezada

data-filename="retriever" style="width: 100%;">Desde o início da pandemia da Covid-19, várias resoluções têm sido modificadas no decorrer do processo, à medida que vamos aprendendo como trata-lo. A mais controversa dessas resoluções foi a de mandar para casa as pessoas infectadas e só procurar tratamento se surgisse falta de ar. Quando se constatou que a dispneia representava uma fase adiantada da doença, com comprometimento pulmonar preocupante, modificou-se a orientação. Hoje toda a classe médica adotou o tratamento precoce como a forma mais correta a ser seguida. Alguns recalcitrantes ainda persistem no erro, mais por motivo político do que orientação médica.

Como sempre se procedeu na medicina, a procura de uma medicação eficaz foi a meta que se perseguiu febrilmente. Vários produtos foram sendo testados e, aos poucos, foram surgindo drogas com algum benefício ao tratamento. Também foi sendo aprendido que algumas drogas não deveriam ser usadas em certas fases da doença, mas que eram muito eficazes nos casos avançados. Todo esse conhecimento foi sendo adquirido mediante a aplicação da medicação conhecida e a observação criteriosa de seus efeitos. Também a observação de alguns fatos contribuiu para o avanço terapêutico, apesar da contrariedade de setores da mídia que insistem em menosprezar o comportamento médico. Essas atitudes de crítica acerba mais têm a ver com embates políticos, que retardam decisões e causam perdas de vida evitáveis.

O comportamento de certas redes de televisão e jornais são tão contundentes e repetitivos na crítica que chego a pensar na existência de um plano diabólico de desestrutura da sociedade para permitir a tomada do poder político. Parece uma visão delirante, mas é isso mesmo que Antonio Gramsci apregoa como forma de chegar ao poder. Muitos jornalistas e até médicos adotam essas posições como sendo as politicamente corretas e cientificamente certas. Na maioria das vezes são pessoas bem intencionadas, mas que servem de instrumento à uma minoria guiada por ideologias condenáveis e antidemocráticas.

A ivermectina é uma das drogas que tem sofrido controvérsia descabida, responsável por perdas significativas de vidas em todo o mundo. Como droga antiparasitária foi capaz de erradicar certas doenças que assolam os trópicos, como a filariose e oncocercose na América e que, na África, ainda assolam populações. Conhecida dos pediatras por seu efeito antiviral nas diarreias infantis, vem sendo usada há dezenas de anos sem para-efeitos indesejáveis. Seu descobridor recebeu um Prêmio Nobel, tal sua importância terapêutica. Pois bem, devido à sua ação antiviral ela se tornou objeto de experiência no tratamento da Covid-19. Primeiramente em laboratório (in vitro) foi demonstrada sua capacidade de eliminar o vírus. Com a observação de lugares onde ela é usada extensivamente (na África) ficou demonstrada sua capacidade de tratar a virose e, também, de prevenir a infecção. Na França e no Canadá o uso da ivermectina no tratamento da escabiose em certas instituições foi capaz de prevenir o contágio que estava presente em outros ambientes. Baseados nessas observações, alguns médicos indianos fizeram uma experiência decisiva: na Província de Uttar Pradesh, com 230 milhões de habitantes, foi instituído o uso preventivo da ivermectina em agosto/2020. As cifras de infecção pela Covid-19 caíram rapidamente e em janeiro de 2021 as mortes estavam em menos do que 10 por dia, enquanto nos Estados Unidos, com população semelhante, estavam em mais de 3.000/dia.

As revistas científicas mais importantes do mundo estão cheias de publicações (+40) com resultados positivos a favor da ivermectina. É incompreensível que os governos, orientados pelos especialistas, ainda resistem em adotar essa droga como capaz de prevenir a infecção e diminuir, drasticamente, as hospitalizações e a necessidade de respiradores. Ela é barata e poderia ser distribuída gratuitamente pelos ambulatórios do Município. As pessoas com poder aquisitivo já fazem essa prevenção. A população pobre, que necessita do transporte coletivo, principal meio de propagação do vírus, seria a beneficiada. Basta uma notícia para que acorram aos ambulatórios, onde receberiam a dose adequada, na frequência indicada.

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